Materiais de construção, equipamentos de escritório e alimentação estão entre os que mais observaram aumento nas vendas pela internet
Fazer compras online tornou-se parte da rotina das pessoas desde 2020, quando a pandemia trouxe o distanciamento social.
Como não era possível sair de casa e ir às lojas físicas, a solução mais prática era acessar à internet e fazer o pedido pelo site.
A vida voltou ao normal e as lojas voltaram a atender seus clientes presencialmente, porém, o hábito de consumo online seguiu e cresceu 20% em 2022.
Quem trouxe esse número foi a Visa, que observou o aumento de transações usando sua bandeira.
Dentre os setores que mais se destacaram estão: alimentação, materiais de construção, materiais de escritório, informática e comunicação, móveis e eletrodomésticos, e vestuário.
Setor alimentício
O brasileiro não tinha o hábito de pedir alimentos online. No entanto, a pandemia o incentivou a ir menos ao supermercado e experimentar opções oferecidas pelos próprios estabelecimentos e por aplicativos como Ifood e Rappi.
Segundo uma pesquisa feita pela NielsenIQ|Ebit, em parceria com a Bexs Pay, houve um aumento de 128% nos pedidos de alimentos e bebidas feitos pela internet no primeiro semestre de 2022.
Isso comparando com o primeiro semestre do ano anterior, ou seja, o público gostou da praticidade de receber tudo em sua casa.
Materiais de construção
Quem identificou o aumento das compras virtuais de materiais de construção foi a Visa.
A pesquisa aponta que as transações dobraram em 2022, em comparação com o mesmo período de 2021.
Isso é resultado do preparo das empresas que, durante a pandemia, focaram em fortalecer seus sites e redes sociais.
Além da criação de uma área específica de compras, ainda há espaço para conversar com um consultor especializado e pedir ajuda.
Para o consumidor, aparece a praticidade de pedir, pagar e aguardar o pedido chegar.
Materiais de escritório
O aumento na compra de materiais de escritório já era esperado.
Por mais que muitas empresas voltassem ao atendimento presencial, há quem preferiu manter o sistema de trabalho híbrido ou 100% home office.
Como resultado disso, a população precisou se adaptar e montar seu próprio escritório em casa.
Mesas, cadeiras, computadores, luminárias e tudo que deixasse o local com um toque mais profissional. Segundo o estudo da Visa, o crescimento do setor foi de 40% em 2022.
Informática e comunicação
Uma consequência do home office e da necessidade de se comunicar com as pessoas de outra maneira além da presencial.
As pessoas sentiram a necessidade de ter computadores e celulares melhores, além de aumentar a velocidade da internet em suas casas.
De acordo com o levantamento feito pelo MCC-ENET, o crescimento de compras online do setor foi de 43,1%.
Móveis e eletrodomésticos
O crescimento nas compras de móveis e eletrodomésticos também é uma consequência da pandemia.
Além da necessidade de reorganizar a casa para ter um espaço exclusivo para o escritório, cresceu a vontade de personalizar tudo de acordo com o seu jeito, por passar mais tempo ali.
Uma pesquisa feita pela Mastercard SpendingPulse mostra que as compras online neste setor tiveram um crescimento de 36,4%.
Isso se deve não apenas à Covid-19, mas a praticidade de, por meio de fotos de vídeos (inclusive os de 360°), analisar como é o móvel fica depois de montado.
Vestuário
O setor de vestuário também cresceu no consumo online. Muito disso se deve ao público feminino que, conforme o levantamento da NielsenIQ, gasta menos, porém, compra mais itens.
Em 2022, as compras feitas pelo público feminino representaram 56,9%.
A Nuvemcommerce, em seu relatório, afirma que o aumento das vendas neste setor correspondeu a 41%, ao menos dentro de sua plataforma.
Também observou o surgimento de novos nichos, como moda sustentável, moda evangélica, moda pet, moda para a terceira idade e loungewear, todos com grande potencial de crescerem nos próximos anos.